

Um olhar de um
Diretor humanizando


Um olhar de um
Diretor humanizando

18 de novembro de 2024
Rejane Baptista - Diretora Geral
Este texto conta um pouco sobre alguns percursos pedagógicos utilizados pelas turmas do Programa de Aceleração de Estudos (PAE), que têm como objetivo proporcionar aos alunos que apresentam distorção idade/ano de escolaridade e demonstram dificuldades de aprendizagem com as metodologias do ensino regular, novas possibilidades de aprendizagem. Nesta visão, o Programa busca utilizar estratégias metodológicas diferenciadas para trabalhar os conteúdos de uma outra forma, levando em consideração a história de vida e análise global dos sujeitos nele inseridos.
Traremos duas experiências destas narrativas que estão sendo escritas, a partir de trabalho de campo por Inoã. A primeira é uma proposta de escrita de um jornal e a segunda, se refere a vivência nos espaços e a transformação destes achados, utilizando atividades de letramento e alfabetização.
Neste ano letivo, foram formadas duas turmas de aceleração, sendo estas: a PAE 21 com 23 alunos, que ainda não consolidaram o processo de alfabetização e a PAE 22 com 18 alunos, que começaram o processo de leitura, mas ainda precisam desenvolver competências e habilidades básicas para o uso social da escrita, e além da ampliação dos saberes de todas as disciplinas.
Um mesmo olhar pode vislumbrar muitas paisagens por diversas visões, óticas e prismas. Que tal você conhecer um lugar com a ajuda dessa lente?
Entrando neste portão o que eu vejo todos os dias? Desafios. Me testo diariamente, e me interrogo se serei capaz de orquestrar um número enorme de seres humanos, dependendo de nós.
O que eles carregam em suas bagagens? Medo, ansiedade, muitas vezes falta de amor, falta de esperança, falta de acolhimento e amparo, falta de respeito, mas tanta falta... Falta de tudo.
E como trabalhar nesse caos? Procurando chaves, sinais, respostas como num labirinto, que nos conduzam ao coração deles.
Mas como acessar quando muitos de nós também já estamos fatigados? Reorientando o olhar. Buscando nossos próprios sonhos, e se deixando tocar e os tocando também.
É fácil? Claro que não. Mas é perfeitamente possível, se estivermos dispostos a enxergar mais de perto, mais profundamente, na essência de cada um à nossa frente. Às vezes, querendo somente ser olhado, ser visto, ser acolhido nas suas inúmeras angústias e aflições.
Existe receita? Acredito que não, mas tenho aprendido com o mestre Darcy Ribeiro, a olhar sempre de um outro jeito diferente.
A escola está impregnada de relações sociais, e sem elas não conseguimos produzir diálogos, muito menos conhecimentos. No olhar a integralidade do outro que poderemos visualizar mais suas potencialidades do que suas faltas, mais suas qualidades do que suas mazelas.
Construir uma educação integral de verdade, antes dos currículos há que se trabalhar a humanidade de cada um. As suas cores e nuances, e não há melhor caminho que a cultura para isso. A educação popular unida à cultura pode ser uma lente que nos permitirá alçar muitos voos e no meio deste percurso poderemos até descobrir belas trajetórias que eternizarão nossas práticas cotidianas para sempre em cada um de nossos habitantes.
Nunca deixe de tentar! Isso pode fazer toda diferença em sua vida e na vida de muitos.
Viva Darcy, nosso patrono e eterna fonte de inspiração! Viva a Escola Pública!
Este texto conta um pouco sobre alguns percursos pedagógicos utilizados pelas turmas do Programa de Aceleração de Estudos (PAE), que têm como objetivo proporcionar aos alunos que apresentam distorção idade/ano de escolaridade e demonstram dificuldades de aprendizagem com as metodologias do ensino regular, novas possibilidades de aprendizagem. Nesta visão, o Programa busca utilizar estratégias metodológicas diferenciadas para trabalhar os conteúdos de uma outra forma, levando em consideração a história de vida e análise global dos sujeitos nele inseridos.
Traremos duas experiências destas narrativas que estão sendo escritas, a partir de trabalho de campo por Inoã. A primeira é uma proposta de escrita de um jornal e a segunda, se refere a vivência nos espaços e a transformação destes achados, utilizando atividades de letramento e alfabetização.
Neste ano letivo, foram formadas duas turmas de aceleração, sendo estas: a PAE 21 com 23 alunos, que ainda não consolidaram o processo de alfabetização e a PAE 22 com 18 alunos, que começaram o processo de leitura, mas ainda precisam desenvolver competências e habilidades básicas para o uso social da escrita, e além da ampliação dos saberes de todas as disciplinas.

Um olhar de um Diretor humanizando
18 de novembro de 2024
Rejane Baptista - Diretora Geral
Um mesmo olhar pode vislumbrar muitas paisagens por diversas visões, óticas e prismas. Que tal você conhecer um lugar com a ajuda dessa lente?
Entrando neste portão o que eu vejo todos os dias? Desafios. Me testo diariamente, e me interrogo se serei capaz de orquestrar um número enorme de seres humanos, dependendo de nós.
O que eles carregam em suas bagagens? Medo, ansiedade, muitas vezes falta de amor, falta de esperança, falta de acolhimento e amparo, falta de respeito, mas tanta falta... Falta de tudo.
E como trabalhar nesse caos? Procurando chaves, sinais, respostas como num labirinto, que nos conduzam ao coração deles.
Mas como acessar quando muitos de nós também já estamos fatigados? Reorientando o olhar. Buscando nossos próprios sonhos, e se deixando tocar e os tocando também.
É fácil? Claro que não. Mas é perfeitamente possível, se estivermos dispostos a enxergar mais de perto, mais profundamente, na essência de cada um à nossa frente. Às vezes, querendo somente ser olhado, ser visto, ser acolhido nas suas inúmeras angústias e aflições.
Existe receita? Acredito que não, mas tenho aprendido com o mestre Darcy Ribeiro, a olhar sempre de um outro jeito diferente.
A escola está impregnada de relações sociais, e sem elas não conseguimos produzir diálogos, muito menos conhecimentos. No olhar a integralidade do outro que poderemos visualizar mais suas potencialidades do que suas faltas, mais suas qualidades do que suas mazelas.
Construir uma educação integral de verdade, antes dos currículos há que se trabalhar a humanidade de cada um. As suas cores e nuances, e não há melhor caminho que a cultura para isso. A educação popular unida à cultura pode ser uma lente que nos permitirá alçar muitos voos e no meio deste percurso poderemos até descobrir belas trajetórias que eternizarão nossas práticas cotidianas para sempre em cada um de nossos habitantes.
Nunca deixe de tentar! Isso pode fazer toda diferença em sua vida e na vida de muitos.
Viva Darcy, nosso patrono e eterna fonte de inspiração! Viva a Escola Pública!

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A Segunda Experiência



Eixo IV – Sociedade, Cultura e Tecnologia
A Segunda Experiência
Precisamos educar para compreensão. E isso significa não educar “para o futuro”, mas para as demandas do presente, um ensino da interpretação como parte central do currículo que foque na reflexão crítica das representações da escola como geradora de cultura, e não só de aprendizagem de conteúdo.
Começamos refletindo que o lugar da sala não: é só de aula. O diálogo deve ser central antes de qualquer proposta de atividade. Na exposição oral e no diálogo com os estudantes, não devem ser ignoradas suas questões e interações “próprias”, mesmo que não tenham relação direta com o conteúdo curricular. A sala é de produção de conhecimento e de interpretação do mundo, o conteúdo curricular é apenas um meio, e não objetivo final. Algumas questões são fundamentais: Qual objetivo de aprendizagem da sua aula? Qual é seu tema transversal? E eles podem se tornar um grande motivador para construção de aprendizagem, crescimento pessoal e intelectual dos alunos?
E como trabalhar as práticas pedagógicas de modo a propiciar a sala de aula como este espaço multidisciplinar, atrativo, afetivo e de forma a recuperar o prazer pelo estudo/desempenho dos conteúdos acumulados historicamente? Algumas intervenções seriam atividades que possibilitem: viabilizar produções artesanais, coletivas e lúdicas, uma escola geradora de cultura, e não só de aprendizagem de conteúdos, aproveitar o interesse das crianças e adolescentes (conjunto de valores, crenças e significações que dão sentido ao mundo em que vivem), estimular experimentações, formas, texturas, sons, participação ativa e coletiva, jogos, artes e demonstrações que utilizem o corpo como suporte (corpo como um todo, sem separação mente e corpo) em diversas performances.
O lugar fora da sala escolhido para ser retratado aqui foi o trabalho de campo feito nos arredores da escola para que os alunos conhecessem um pouco mais da realidade de Inoã. Foi utilizada uma pesquisa etnográfica, a partir dos debates gerados nas aulas, em entrevistas dentro e fora da escola. Isso permitiu que os alunos refletissem e reconhecessem diferentes pontos de vista acerca do tema.
Foi seguida a ordem abaixo:
Passo 1 - saída à campo pela comunidade do entorno para pesquisá-la. Conhecer o universo vocabular das pessoas entrevistando-as. Gravar as palavras que aparecem mais. Anotar os temas geradores: Quais são as questões, o que mais está preocupando e ocupando a mente das pessoas na comunidade? Sair pela comunidade e gravar as palavras que aparecem mais: O que é importante para você? O que está te preocupando atualmente?
Passo 2 - Tirar fotos e filmar a paisagem do lugar da comunidade escolar e do seu entorno: natureza, prédio, comércios, etc. Investigar também a paisagem oculta.
Passo 3 - Investigar os nomes das ruas do território, dos lugares próximos e da própria escola.
As práticas ativas de ensino nos eixos da educação integral oferecem aos alunos uma gama de oportunidades de aprendizagem. Os alunos são preparados para os desafios futuros quando desenvolvem habilidades como pensamentos críticos, resolução de problemas, colaboração e comunicação.
A Escola Municipal Professor Darcy Ribeiro ao adotar o programa de educação em tempo integral desempenha um papel fundamental no desenvolvimento dos alunos, proporcionando uma abordagem educacional abrangente que visa não apenas o sucesso acadêmico, mas também o desenvolvimento pessoal e socioemocional. Ao promover um ambiente de aprendizagem estimulante e envolvente, a educação integral prepara os alunos para enfrentar os desafios do mundo moderno.
Na oficina de tecnologia também são desenvolvidos podcasts escolares, onde alunos e convidados produzem conteúdos e são desafiados a criarem roteiros e narrarem as histórias de forma semanal. O objetivo é que além de produção de tecnologia, que os alunos trabalhem a funcionalidade do texto e imagem como forma de comunicação com a comunidade escolar e com o mundo.