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Narrativas
de Inoã

Refletindo as memórias pedagógicas a partir do olhar humanizador

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Narrativas
de Inoã

refletindo as memórias pedagógicas

a partir do olhar humanizador

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04 de dezembro de 2024

Ariana Abreu - Diretora Adjunta

Rejane Baptista - Diretora Geral

Este texto conta um pouco sobre alguns percursos pedagógicos utilizados pelas turmas do Programa de Aceleração de Estudos (PAE), que têm como objetivo proporcionar aos alunos que apresentam distorção idade/ano de escolaridade e demonstram dificuldades de aprendizagem com as metodologias do ensino regular, novas possibilidades de aprendizagem. Nesta visão, o Programa busca utilizar estratégias metodológicas diferenciadas para trabalhar os conteúdos de uma outra forma, levando em consideração a história de vida e análise global dos sujeitos nele inseridos.

Traremos duas experiências destas narrativas que estão sendo escritas, a partir de trabalho de campo por Inoã. A primeira é uma proposta de escrita de um jornal e a segunda, se refere a vivência nos espaços e a transformação destes achados, utilizando atividades de letramento e alfabetização.

Neste ano letivo, foram formadas duas turmas de aceleração, sendo estas: a PAE 21 com 23 alunos, que ainda não consolidaram o processo de alfabetização e a PAE 22 com 18 alunos, que começaram o processo de leitura, mas ainda precisam desenvolver competências e habilidades básicas para o uso social da escrita, e além da ampliação dos saberes de todas as disciplinas.

A reflexão que nos cabe ao final deste ano letivo, nos remete a um resgate da identidade do estudante, visto que no ano anterior, tivemos dificuldade em entender e em intervir no alto índice de reprovações nas avaliações trimestrais, pois nossos alunos após pandemia, não deram crédito ao processo avaliativo, achando que não seriam reprovados por nota.

 

Tal fato, nos levou a repensar a avaliação, buscar ações para que eles retornassem a considerar a importância do estudo tanto para conclusão do ano de escolaridade quanto para a vida.

 

Neste contexto, pedagogicamente precisamos repensar nossas práticas e estratégias para alcançarmos uma aprendizagem significativa e dentro da realidade. Dentre as metodologias que pensamos estão: a formação docente continuada em serviço, pedagogia de projetos, estudo do território.

 

O Círculo de Estudos Darcy Ribeiro surge nesta perspectiva de levar os docentes a compartilharem suas práticas como forma de valorização dos saberes docentes que já trazem e das fragilidades apontadas nos momentos de planejamento para realizarem as propostas.

 

Aos lançarmos a proposta desta formação, não tínhamos dimensão do alcance que este tomaria. Para além da escola, o Círculo de Estudos atingiu toda rede, e a ser propagado nas redes sociais, que atraiu estudantes e/ou pessoas que estão interessadas pelos temas. Fazendo com que além da nossa comunidade escolar outros profissionais fossem capacitados e transformassem suas práticas cotidianas.

 

Neste movimento, o importante era planejar as práticas refletindo teoria que embasasse e desse suporte para elaboração das aulas/projetos. Por alguns anos, trabalhamos a matriz curricular de forma individualizada em cada disciplina. Percebemos com isso, que os alunos não identificavam sentido nesta construção. A equipe chegou à conclusão de que um possível caminho seria a Pedagogia de Projetos, aliado ao estudo do território, então, nosso tema gerador para uma aprendizagem significativa e com sentido foi conhecer o território no qual a escola e nossos alunos estão inseridos, Inoã, e a partir disso, produzir narrativas do que fosse encontrado, dialogando as diversas áreas do conhecimento.

 

Ao longo dos meses, os professores foram elaborando práticas nessa perspectiva, estas geraram materiais que foram compilados no Anuário que conta a história das narrativas do Território de Inoã.

 

Quais impressões ficaram desta experiência? Primeiro descobrir uma Inoã cheia de riquezas naturais e patrimoniais que quase ninguém conhecia. A socialização de todo conhecimento adquirido ao longo do ano, através de movimentos que contavam com toda escola, como: aniversário do patrono, festa junina, concurso das portas, olimpíadas contextualizadas, várias atividades relacionadas a respeito e tolerância à diversidade, talentos dos alunos foram compartilhados, aulas passeio, não só nas culminâncias do projeto anual, mas também nas práticas em sala de aula.

Este texto conta um pouco sobre alguns percursos pedagógicos utilizados pelas turmas do Programa de Aceleração de Estudos (PAE), que têm como objetivo proporcionar aos alunos que apresentam distorção idade/ano de escolaridade e demonstram dificuldades de aprendizagem com as metodologias do ensino regular, novas possibilidades de aprendizagem. Nesta visão, o Programa busca utilizar estratégias metodológicas diferenciadas para trabalhar os conteúdos de uma outra forma, levando em consideração a história de vida e análise global dos sujeitos nele inseridos.

Traremos duas experiências destas narrativas que estão sendo escritas, a partir de trabalho de campo por Inoã. A primeira é uma proposta de escrita de um jornal e a segunda, se refere a vivência nos espaços e a transformação destes achados, utilizando atividades de letramento e alfabetização.

Neste ano letivo, foram formadas duas turmas de aceleração, sendo estas: a PAE 21 com 23 alunos, que ainda não consolidaram o processo de alfabetização e a PAE 22 com 18 alunos, que começaram o processo de leitura, mas ainda precisam desenvolver competências e habilidades básicas para o uso social da escrita, e além da ampliação dos saberes de todas as disciplinas.

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Um olhar de um Diretor humanizando

 

04 de dezembro de 2024

Ariana Abreu - Diretora Adjunta

Rejane Baptista - Diretora Geral

 

A reflexão que nos cabe ao final deste ano letivo, nos remete a um resgate da identidade do estudante, visto que no ano anterior, tivemos dificuldade em entender e em intervir no alto índice de reprovações nas avaliações trimestrais, pois nossos alunos após pandemia, não deram crédito ao processo avaliativo, achando que não seriam reprovados por nota.

 

Tal fato, nos levou a repensar a avaliação, buscar ações para que eles retornassem a considerar a importância do estudo tanto para conclusão do ano de escolaridade quanto para a vida.

 

Neste contexto, pedagogicamente precisamos repensar nossas práticas e estratégias para alcançarmos uma aprendizagem significativa e dentro da realidade. Dentre as metodologias que pensamos estão: a formação docente continuada em serviço, pedagogia de projetos, estudo do território.

 

O Círculo de Estudos Darcy Ribeiro surge nesta perspectiva de levar os docentes a compartilharem suas práticas como forma de valorização dos saberes docentes que já trazem e das fragilidades apontadas nos momentos de planejamento para realizarem as propostas.

 

Aos lançarmos a proposta desta formação, não tínhamos dimensão do alcance que este tomaria. Para além da escola, o Círculo de Estudos atingiu toda rede, e a ser propagado nas redes sociais, que atraiu estudantes e/ou pessoas que estão interessadas pelos temas. Fazendo com que além da nossa comunidade escolar outros profissionais fossem capacitados e transformassem suas práticas cotidianas.

 

Neste movimento, o importante era planejar as práticas refletindo teoria que embasasse e desse suporte para elaboração das aulas/projetos. Por alguns anos, trabalhamos a matriz curricular de forma individualizada em cada disciplina. Percebemos com isso, que os alunos não identificavam sentido nesta construção. A equipe chegou à conclusão de que um possível caminho seria a Pedagogia de Projetos, aliado ao estudo do território, então, nosso tema gerador para uma aprendizagem significativa e com sentido foi conhecer o território no qual a escola e nossos alunos estão inseridos, Inoã, e a partir disso, produzir narrativas do que fosse encontrado, dialogando as diversas áreas do conhecimento.

 

Ao longo dos meses, os professores foram elaborando práticas nessa perspectiva, estas geraram materiais que foram compilados no Anuário que conta a história das narrativas do Território de Inoã.

 

Quais impressões ficaram desta experiência? Primeiro descobrir uma Inoã cheia de riquezas naturais e patrimoniais que quase ninguém conhecia. A socialização de todo conhecimento adquirido ao longo do ano, através de movimentos que contavam com toda escola, como: aniversário do patrono, festa junina, concurso das portas, olimpíadas contextualizadas, várias atividades relacionadas a respeito e tolerância à diversidade, talentos dos alunos foram compartilhados, aulas passeio, não só nas culminâncias do projeto anual, mas também nas práticas em sala de aula.

 

Dentro desta proposta, também ampliamos a relação de aprendizagem em diferentes espaços, em uma destas aulas passeio, no Museu Casa Darcy, surgiu o interesse de sua equipe em realizar um projeto que ligasse o território de Inoã (as suas paisagens) com o território de lá (Cordeirinho). Por meio de um processo de curadoria formativa entre os educadores do museu e dos educadores da escola, foi realizada uma proposta de exposição desses achados sendo pensados a partir do pensamento de Darcy Ribeiro. Esta foi a última atividade do projeto anual reunindo no museu a exposição  dos alunos e o último encontro formativo do Círculo de Estudos Darcy Ribeiro  com a compilação das narrativas de todo o ano, proporcionando uma reflexão coletiva sobre todo trabalho no intuito de resgatar o que vem sendo proposto desde 2022 que é registrar as memórias pedagógicas realizadas pela Escola Municipal Professor Darcy, para que independentemente de quem esteja atuando neste espaço, mas quem passa por ele, tenha a oportunidade de conhecer toda construção pedagógica que tem sido realizada pelo corpo docente e equipe diretiva  nestes anos.

 

A equipe se sente muito gratificada com o resultado dos objetivos lançados e conquistados ao longo do ano porque trabalhamos uma “práxis pedagógica”, ou seja, uma prática repensada e reconstruída. Percebemos que os estudantes e toda comunidade escolar ressignificaram o processo avaliativo por meio do pertencimento pela apropriação do seu território.


Um olhar de um Diretor humanizando
 

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A Segunda Experiência

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Eixo IV – Sociedade, Cultura  e Tecnologia

A Segunda Experiência

Precisamos educar para compreensão. E isso significa não educar “para o futuro”, mas para as demandas do presente, um ensino da interpretação como parte central do currículo que foque na reflexão crítica das representações da escola como geradora de cultura, e não só de aprendizagem de conteúdo.

Começamos refletindo que o lugar da sala não: é só de aula. O diálogo deve ser central antes de qualquer proposta de atividade. Na exposição oral e no diálogo com os estudantes, não devem ser ignoradas suas questões e interações “próprias”, mesmo que não tenham relação direta com o conteúdo curricular. A sala é de produção de conhecimento e de interpretação do mundo, o conteúdo curricular é apenas um meio, e não objetivo final. Algumas questões são fundamentais: Qual objetivo de aprendizagem da sua aula? Qual é seu tema transversal? E eles podem se tornar um grande motivador para construção de aprendizagem, crescimento pessoal e intelectual dos alunos?

E como trabalhar as práticas pedagógicas de modo a propiciar a sala de aula como este espaço multidisciplinar, atrativo, afetivo e de forma a recuperar o prazer pelo estudo/desempenho dos conteúdos acumulados historicamente? Algumas intervenções seriam atividades que possibilitem: viabilizar produções artesanais, coletivas e lúdicas, uma escola geradora de cultura, e não só de aprendizagem de conteúdos, aproveitar o interesse das crianças e adolescentes (conjunto de valores, crenças e significações que dão sentido ao mundo em que vivem), estimular experimentações, formas, texturas, sons, participação ativa e coletiva, jogos, artes e demonstrações que utilizem o corpo como suporte (corpo como um todo, sem separação mente e corpo) em diversas performances.

O lugar fora da sala escolhido para ser retratado aqui foi o trabalho de campo feito nos arredores da escola para que os alunos conhecessem um pouco mais da realidade de Inoã.  Foi utilizada uma pesquisa etnográfica, a partir dos debates gerados nas aulas, em entrevistas dentro e fora da escola. Isso permitiu que os alunos refletissem e reconhecessem diferentes pontos de vista acerca do tema.

Foi seguida a ordem abaixo:

Passo 1 - saída à campo pela comunidade do entorno para pesquisá-la. Conhecer o universo vocabular das pessoas entrevistando-as. Gravar as palavras que aparecem mais. Anotar os temas geradores: Quais são as questões, o que mais está preocupando e ocupando a mente das pessoas na comunidade? Sair pela comunidade e gravar as palavras que aparecem mais: O que é importante para você? O que está te preocupando atualmente?

Passo 2 - Tirar fotos e filmar a paisagem do lugar da comunidade escolar e do seu entorno: natureza, prédio, comércios, etc. Investigar também a paisagem oculta.

Passo 3 - Investigar os nomes das ruas do território, dos lugares próximos e da própria escola.

As práticas ativas de ensino nos eixos da educação integral oferecem aos alunos uma gama de oportunidades de aprendizagem. Os alunos são preparados para os desafios futuros quando desenvolvem habilidades como pensamentos críticos, resolução de problemas, colaboração e comunicação.

 

A Escola Municipal Professor Darcy Ribeiro ao adotar o programa de educação em tempo integral desempenha um papel fundamental no desenvolvimento dos alunos, proporcionando uma abordagem educacional abrangente que visa não apenas o sucesso acadêmico, mas também o desenvolvimento pessoal e socioemocional. Ao promover um ambiente de aprendizagem estimulante e envolvente, a educação integral prepara os alunos para enfrentar os desafios do mundo moderno.

 

Na oficina de tecnologia também são desenvolvidos podcasts escolares, onde alunos e convidados produzem conteúdos e são desafiados a criarem roteiros e narrarem as histórias de forma semanal. O objetivo é que além de produção de tecnologia, que os alunos trabalhem a funcionalidade do texto e imagem como forma de comunicação com a comunidade escolar e com o mundo.

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Dentro desta proposta, também ampliamos a relação de aprendizagem em diferentes espaços, em uma destas aulas passeio, no Museu Casa Darcy, surgiu o interesse de sua equipe em realizar um projeto que ligasse o território de Inoã (as suas paisagens) com o território de lá (Cordeirinho). Por meio de um processo de curadoria formativa entre os educadores do museu e dos educadores da escola, foi realizada uma proposta de exposição desses achados sendo pensados a partir do pensamento de Darcy Ribeiro. Esta foi a última atividade do projeto anual reunindo no museu a exposição  dos alunos e o último encontro formativo do Círculo de Estudos Darcy Ribeiro  com a compilação das narrativas de todo o ano, proporcionando uma reflexão coletiva sobre todo trabalho no intuito de resgatar o que vem sendo proposto desde 2022 que é registrar as memórias pedagógicas realizadas pela Escola Municipal Professor Darcy, para que independentemente de quem esteja atuando neste espaço, mas quem passa por ele, tenha a oportunidade de conhecer toda construção pedagógica que tem sido realizada pelo corpo docente e equipe diretiva  nestes anos.

 

A equipe se sente muito gratificada com o resultado dos objetivos lançados e conquistados ao longo do ano porque trabalhamos uma “práxis pedagógica”, ou seja, uma prática repensada e reconstruída. Percebemos que os estudantes e toda comunidade escolar ressignificaram o processo avaliativo por meio do pertencimento pela apropriação do seu território.

Este texto conta um pouco sobre alguns percursos pedagógicos utilizados pelas turmas do Programa de Aceleração de Estudos (PAE), que têm como objetivo proporcionar aos alunos que apresentam distorção idade/ano de escolaridade e demonstram dificuldades de aprendizagem com as metodologias do ensino regular, novas possibilidades de aprendizagem. Nesta visão, o Programa busca utilizar estratégias metodológicas diferenciadas para trabalhar os conteúdos de uma outra forma, levando em consideração a história de vida e análise global dos sujeitos nele inseridos.

Traremos duas experiências destas narrativas que estão sendo escritas, a partir de trabalho de campo por Inoã. A primeira é uma proposta de escrita de um jornal e a segunda, se refere a vivência nos espaços e a transformação destes achados, utilizando atividades de letramento e alfabetização.

Neste ano letivo, foram formadas duas turmas de aceleração, sendo estas: a PAE 21 com 23 alunos, que ainda não consolidaram o processo de alfabetização e a PAE 22 com 18 alunos, que começaram o processo de leitura, mas ainda precisam desenvolver competências e habilidades básicas para o uso social da escrita, e além da ampliação dos saberes de todas as disciplinas.

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